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Anticoncepcionais Orais Combinados: risco de eventos tromboembólicos - Informações aos prescritores.

 

 

Anticoncepcionais Orais Combinados: risco de eventos tromboembólicos. 

Informações aos prescritores

01/06/15

 

A Anvisa vem monitorando há alguns anos o risco de distúrbios trombóticos/tromboembólicos com o uso de contraceptivos orais combinados (COC). Estudos recentes publicados no site da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, 2014) indicam que os contraceptivos orais combinados contendo levonorgestrel, noretisterona ou norgestimato apresentam o menor risco para ocorrência de eventos tromboembólicos venosos. Já os COC contendo drospirenona, gestodeno e desogestrel apresentam um risco de 4 a 6 vezes maior de ocorrência de tromboembolismo venoso, em um ano, em comparação às mulheres que não utilizam nenhum tipo de contraceptivo hormonal combinado. Os benefícios desses contraceptivos na prevenção de gravidez indesejada continuam a ser superiores aos riscos.

Ao se prescrever um COC deve-se realizar uma avaliação cuidadosa dos fatores de riscos individuais e atuais de cada mulher, principalmente àqueles relacionados ao tromboembolismo e considerar, individualmente, a diferença do risco entre os diversos tipos de progestágenos. Algumas situações contraindicam o uso de contraceptivos hormonais combinados: história ou presença de tromboembolismo venoso (TEV) ou arterial, predisposição hereditária ou adquirida para TEV como resistência à proteína C ativada (PCA), incluindo Fator V de Leiden, deficiências de antitrombina III, proteína C e proteína S, cirurgia de grande porte com prolongada imobilização, diabetes mellitus com alterações vasculares, hipertensão não controlada dentre outros.

Cabe lembrar, ainda, que os fatores de riscos individuais se alteram ao longo do tempo e dessa forma, há necessidade da regular reavaliação do contraceptivo utilizado. Ressaltamos a necessidade de informar às mulheres sobre os diversos métodos contraceptivos hoje existentes. Ao se optar por um COC, as usuárias devem ser devidamente informadas sobre o risco de ocorrência de reações adversas graves (particularmente em relação aos eventos vasculares) e, também, aumentar a conscientização sobre os sinais e sintomas dos eventos tromboembólicos.

A Anvisa monitora continuamente os medicamentos e solicita aos profissionais de saúde e pacientes que notifiquem os eventos adversos ocorridos com o uso de qualquer medicamento. A comunicação de suspeitas de eventos adversos pelos pacientes pode ser realizada por meio do Formulário de Notificação de Eventos Adversos para o Cidadão ou ainda pelos canais disponíveis para atendimento ao cidadão:  Central de Atendimento ao Público e Ouvidoria. Para o profissional de saúde, a Anvisa disponibiliza o sistema Notivisa para a realização das notificações de eventos adversos.